SAÚDE
por Alexsandro M. Medeiros
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postado em dez. 2023
Desde a antiguidade que a humanidade se viu desafiada a lidar com o binômio saúde/doença. Primordialmente, essa relação saúde e doença estava diretamente relacionada com o campo mágico-religioso, partindo do pressuposto de que as doenças eram causadas por um mal externo, sendo encarada como um pecado, alguma maldição ou um sinal da cólera divina para com o seu povo.
Antigamente, a visão que se tinha de saúde era como simples ausência de doença. Mas hoje em dia essa visão foi ampliada e a saúde passou a ser considerada como um estado de bem-estar físico, mental e emocional, conforme definido pela Organização Mundial da Saúde.
A verdade é que todos nós queremos ter um bom estado de saúde física e mental. Sendo que se aceitarmos a definição dada pela Organização Mundial da Saúde precisamos ampliar o nosso horizonte e levar em consideração vários outros fatores que influenciam no estado saudável de uma pessoa que vão, desde uma boa alimentação, realização de atividades físicas até pensar nas condições de saneamento básico, moradia e questões de saúde pública como desnutrição, uso abusivo de álcool e outras drogas.
No Brasil, a saúde é um direito garantido por lei a todo e qualquer cidadão ou cidadã, instituído na Constituição Federal de 1988, que reconhece em seu art. 6º (BRASIL, 2015) a saúde como um direito social fundamental. A saúde é abordada na Constituição de 88 também em seu artigo 196, que estabelece: “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção e recuperação” (BRASIL, 2015).
Embora o aspecto religioso tenha sido uma característica sobretudo das sociedades mais antigas, é possível afirmar que a influência do elemento religioso voltou a ser discutida de várias formas no âmbito das ciências médicas. O aspecto da espiritualidade tem se tornado um elemento presente na abordagem de vários autores dentre os quais podemos destacar: a obra de Levin (2003): Deus, fé e saúde: Explorando a conexão espiritualidade-cura; a obra de Botelho (1991): Medicina e religião: conflito de competências; a obra do físico indiano Amit Goswami: Cura Quântica; a dissertação de Mestrado em Enfermagem de Luciana Dezorzi (2006): Diálogos sobre espiritualidade no processo de cuidar de si e do outro para a enfermagem em terapia intensiva; a dissertação de Mestrado de Josinete Sampaio (2014): Experiência espiritual no contexto do acolhimento à pessoa em uso abusivo de drogas e sua família; e os exemplos poderiam se multiplicar ainda mais.
A grande questão que devemos nos colocar é: o que realmente podemos fazer para termos uma vida saudável e uma boa qualidade de vida?
Referências
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. 48. ed. Brasília: Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2015.
BOTELHO, J. B. Medicina e religião: conflito de competências. Manaus: Metro Cúbico, 1991.
DEZORZI, Luciana W. Diálogos sobre espiritualidade no processo de cuidar de si e do outro para a enfermagem em terapia intensiva. Dissertação (Mestrado em Enfermagem). Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2006.
LEVIN, J. Deus, fé e saúde: Explorando a conexão espiritualidade-cura. São Paulo: Editora Pensamento-Cultrix, 2003.
SAMPAIO, Josinete Alves. Experiência espiritual no contexto do acolhimento à pessoa em uso abusivo de drogas e sua família: uma ação integrada à clínica ampliada na estratégia saúde da família. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública). Faculdade de Medicina. Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Universidade Federal do Ceará. Fortaleza, 2014.
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