CRIPTOMOEDAS

A tecnologia vem transformando a forma como lidamos com as transações financeiras. O “dinheiro de papel”, inventado na década de 1960, cedeu lugar a comodidade oferecida pelos cartões de crédito/débito. A tecnologia segue em crescente evolução, inovando as formas de pagamento dia após dia e agora a nova moda que parece transformar o mercado financeiro mundial são as criptomoedas, que utilizam a criptografia para conferir uma maior segurança em suas transações e pode ser comprada por qualquer pessoa

A mais famosa das criptomoedas e o bitcoin. Outras criptomoedas são: ethereum, dash, monero, litecoin e syscoin. Não existe nenhuma restrição para comprar moedas digitais, bastando apenas seguir os passos de cada site que realiza o serviço e arcar com as tarifas estipuladas por eles.

A criação do bitcoin é atribuída Satoshi Nakamoto, um pseudônimo usado para identificar o responsável, em 2008, por idealizar a primeira criptomoeda mundialmente conhecida que recebeu o nome de Bitcoin (ninguém sabe quem exatamente é Satoshi Nakamoto, o misterioso inventor da criptomoeda). A ideia era a de criar uma moeda digital, não vinculada a uma unidade centralizadora (como no caso do Banco Central no Brasil), que se valeria de um sistema de rede e carteiras digitais, que guardariam e encriptariam cada transação feita por meio digital.

O valor de uma criptomoeda não é fixo e é variável de acordo com a especulação em bolsas de valores virtuais. A compra de criptomoedas é uma das formas mais seguras e confidenciais de realizar uma transação financeira, oferece um grande nível de privacidade mas não é anônima, podendo ser rastreada a partir do registro de uma extensa lista de dados públicos.

Diferentemente do dinheiro impresso em papel moeda, a bitcoin nasce a partir da mineração. Os mineradores ajudam a rede a manter a segurança das transações e são recompensados por isso em bitcoins. Funciona como um datacenter descentralizado. Minerar, no entanto, não é nada fácil e exige um alto gasto de energia elétrica.

No Brasil, a aquisição de criptomoedas é passível de tributação pela Receita Federal, pois é considerada um ativo financeiro e deve ser incluída na categoria “Outros” da declaração.

Há uma grande quantidade de produtos e serviços que podem ser adquiridos mediante pagamento em bitcoin.

No Brasil, a situação jurídica das criptomoedas ainda é bastante incerta. Em fevereiro de 2014, o Banco Central, por meio do Comunicado nº 25.306, buscou esclarecer os riscos que existem com a aquisição das criptomoeda/moedas virtuais.

 

CURIOSIDADE: Sequestro de Máquinas para minerar Bitcoin

O processo de criação de uma nova unidade de Bitcoin é chamado mineração. Funciona assim: computadores competem entre si para ver qual máquina – ou conjunto de máquinas – decifra mais rápido problemas matemáticos com valores criptografados. A complexidade dos desafios é ajustado pela própria rede. No final, quem resolve o problema é recompensado com um bloco da moeda.

Em 2009, quando o Bitcoin surgiu, qualquer pessoa era capaz de “minerar” no seu próprio computador. Era só deixar o PC ligado 24 horas por dia trabalhando sem parar que dava certo. O número de interessados cresceu e, proporcionalmente, as equações matemáticas dos desafios ficaram extremamente complexas. Hoje, demandam altíssimo poder computacional. Não é mais para qualquer um.

Sem essas supermáquinas, uma forma de minerar e produzir novos bitcoins é combinar o poder computacional de milhares de computadores. É aí que entram os hackers. Existem três  formas de “sequestrar” máquinas para que elas trabalhem em favor de outra pessoa. A primeira é através da invasão de um site popular e relevante. Os criminosos implantam um código de mineração por trás da página oficial e toda vez que qualquer usuário se conecta, seu computador passa a ser usado como parte de uma rede para minerar. Outra forma é através de aplicativos ou ferramentas que as pessoas instalam nos PCs; se não forem baixados de um ambiente seguro e verificado, esses apps podem trazer embutido um processo de mineração indevido e invisível ao usuário. É possível também, através de um ataque direto, que um malware infecte o PC e instale um minerador em segundo plano.