ESPIRITISMO E SAÚDE

por Alexsandro M. Medeiros

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postado em 2015


A doutrina espírita, codificada por Allan Kardec no século XIX, cujos fenômenos chamados de mediúnicos tiveram grande repercussão na Europa, Estados Unidos e posteriormente no Brasil, é uma doutrina religiosa que trabalha literalmente com a ideia de cura através de um conceito chamado de “mediunidade curadora”. O “espiritismo é uma doutrina religiosa que surgiu na França durante o século XIX e chegou ao Brasil alguns anos depois. Seus principais postulados são a crença na imortalidade da alma, a possibilidade de comunicação entre vivos e mortos e a reencarnação” (PEREIRA NETO; AMARO, 2012, p. 492). Na realidade, mais do que uma doutrina religiosa, o espiritismo pretende ser simultaneamente uma doutrina filosófica de efeitos morais e uma ciência que procurar investigar os fatos reputados ao mundo “sobrenatural”. “Durante toda sua vida, Kardec defendeu a ideia ter sido tão somente o ‘codifica­dor’ da doutrina espírita, que, segundo ele, deveria ser entendida ao mesmo tempo como científica, filosófica e religiosa” (ARRIBAS, 2013, p. 04). Foi Kardec quem compilou os livros da codificação espírita, sendo cinco deles os mais conhecidos, mas com um conjunto de obras bem mais vasto, “[...] além de editar uma revista criada por ele mesmo, a Revue Spirite” (ARRIBAS, 2013, p. 04).


OS LIVROS DA CODIFICAÇÃO

Disponível em: GEJAPA – Grupo de Estudo Joanna de Angelis (Acessado em 02/01/2015)

A influência das ideias espíritas no Brasil não se fez demorar e já nos fins do século XIX várias associações espíritas se organizaram para divulgar as ideias da jovem doutrina e hoje o Brasil conta com milhares de adeptos e tem chamado a atenção de estudiosos e pesquisadores das mais diferentes áreas. Dentre os estudiosos do campo das ciências humanas que se ocuparam com estudos sobre o espiritismo no Brasil merecem destaque Cândido Procópio Camargo (1961), Ubiratan Machado (1983), Viveiros de Castro Cavalcanti, (1983), Roger Bastide (1985), Claudio Gama (1992), Yvonne Maggie (1992) e Sylvia Damazio (1994). E mais recente temos vários estudos na área como os realizados por Marcelo Camurça (2000) Sandra Stoll (1999, 2002, 2004a e 2004b), Roberta Scoton (2007), Bernardo Lewgoy (2008), André Pereira Neto e Jacqueline Amaro (2012).

No início do século XX houve uma grande resistência no Brasil em aceitar as práticas espíritas como uma atividade de cura e de terapia. Em geral, nesse período, as teorias espíritas eram enquadradas em casos de charlatanismo, superstições e misticismo e várias campanhas foram realizadas para deslegitimar tais práticas (GIUMBELLI, 1997a). Giumbelli (1997b) destaca também a perseguição judicial que algumas instituições espíritas sofreram em seu livro: O cuidado dos mortos. Argumentava-se que o espiritismo “[...] colocava pacientes sob a responsabilidade de pessoas sem competência para tratá-las; impedia a intervenção qualificada dos médicos (com seus saberes e suas práticas oficiais) e ainda podia ser diretamente prejudicial, agravando uma enfermidade” (SOARES, 2008, p. 145). “O Espiritismo era visto como ‘heresia’ para os católicos, como ‘charlatanismo’ para os cientistas, como ‘crime’ para o poder judiciário, como ‘doença’ ou como ‘exercício ilegal da medicina’ para o poder médico e como ‘notícia’ para o poder jornalístico” (ARRIBAS, 2013, p. 11). Foi o Código Penal de 1890 que em seus artigos 156 a 158 previa punição às práticas consideradas de curandeirismo, charlatanismo e até mesmo do espiritismo e os espíritas do final do século XIX e início do século XX tiveram que empreender muitos esforços para mostrar que a prática espírita era uma prática religiosamente desinteressada, orientada pela ideia de caridade e que nada tinha a ver com charlatanismo. Além disso, “uma teoria também comum para os médicos explicarem o espiritismo era a ‘histeria’. Em linhas gerais, os ‘histéricos’ teriam predisposição a ser sugestionados, parecendo estar sob a influência de espíritos” (PEREIRA NETO; AMARO, 2012, p. 503).

Sob a organização da Federação Espírita Brasileira (FEB), fundada em 1884, o espiritismo procurou intervir de forma mais direta no campo espiritual e moral sendo que o corpo físico passou a ser tratado apenas de forma indireta, em virtude de sua ligação com o espírito. “O grupo da FEB, no entanto, só ganhará o reconhecimento de entidade federativa nacional em 1949, no chamado Pacto Áureo” (SANTOS 1997 apud LEWGOY, 2008, p. 87).

O fato é que, como afirma Madel Luz (1997), pacientes que procuram a medicina tradicional em busca de saúde, não raro utilizam formas de medicina alternativa ou espiritual, seja através da umbanda, do candomblé, do espiritismo, utilizando sincreticamente com a terapêutica oficial.

No Brasil uma das primeiras iniciativas de conciliar as práticas do espiritismo com a questão da saúde se deu através da relação com a Homeopatia. Bezerra de Menezes[1] e Dias da Cruz (ambos médicos homeopatas e que também se tornaram presidentes da Federação Espírita Brasileira) foram os responsáveis por desenvolver esta relação.

Foram eles os responsáveis pelo trabalho de concatenar e ressaltar, isto é, de correlacionar e de dar uma ênfase fulcral a dois pontos que passaram a ser centrais na doutrina espírita brasileira: de um lado, a (1) divisa “Fora da caridade não há salvação” e, de outro, a (2) relação entre espiritismo e cura (ARRIBAS, 2013, p. 10-11).


A cura neste caso era vista como uma forma de praticar a caridade e como uma forma de viver o Evangelho da Boa Nova em toda sua plenitude.

Segundo Célia Arribas para os médicos espíritas da época havia muitos elementos comuns entre o espiritismo e a homeopatia a partir dos quais seria possível realizar algumas analogias, agindo “[...] dentro dos princípios de ação e reação, estimulando o organismo a reagir contra o seu próprio mal. Os adeptos espíri­tas da homeopatia consideravam o medicamento homeopático como uma forma de energia, uma espécie de fluido, tal o grau de diluição em que se encontrava” (2013, p. 11 – grifo da autora). Sendo comum, portanto, a ideia de que existe uma energia vital, fluido vital (o prana das religiões orientais) além da ideia de que os desequilíbrios provenientes da mente seriam a fonte primária de todas as enfermidades.

Era aqui que residiam três pontos semelhantes ao modo espírita de conceber o homem e suas doenças. O primeiro (1) referia-se ao “organismo imaterial” da homeopatia, que no Es­piritismo recebia equivalência na concepção de perispírito. O perispírito para os espíritas é uma espécie de corpo fluídico que reveste o espírito. O segundo ponto, por sua vez, (2) tratava-se da concepção homeopática de “mente”, residência última dos desequilíbrios, encerrada no sistema espírita pela ideia de espírito. O terceiro elemento análogo (3) consistia na noção de “energia”, cujo equivalente espírita seria a noção de fluido, ponto central sobre o qual teria se debruçado inicialmente a ciência bastante em voga e designada à época de Magnetismo (ARRIBAS, 2013, p. 12 – grifos da autora).


Neste cenário o espiritismo consagrou-se “como uma doutrina da caridade e da assistência aos pobres [...], sobretudo através da prescrição mediúnica de receitas homeopáticas a uma população praticamente destituída de assistência médica” (LEWGOY, 2008, p. 87).

Outras iniciativas no campo da saúde podem ser mencionadas orientadas pelo vasto campo teórico e doutrinário do espiritismo, como é o caso da realização de atendimento aos doentes mentais através de manicômios, cujas origens remontam ao Centro Espírita Amor e Caridade, fundado em 1910 na cidade de Santos-SP, onde se destaca a figura do médium[2] Luiz de Mattos e que depois fundou um segundo manicômio espírita em 1912, na cidade do Rio de Janeiro, chamado Centro Espírita Redemptor, e analisado no artigo de André Pereira Neto e Jacqueline Amaro (2012) e pelo antropólogo Claudio Gama (1992).

No início do século XX, Luiz de Mattos fundou o espiritismo racional e científico cristão, doutrina para a qual a doença mental era uma temática fundamental. Com diversas similaridades teóricas ao kardecismo, Mattos inaugurou um manicômio espírita, onde tratava dos doentes mentais baseado na concepção de que a doença mental seria consequência de uma obsessão espiritual (PEREIRA NETO; AMARO, 2012, p. 494).


Nesta concepção de doença mental entra em cena o elemento espiritual. As doenças mentais não seriam apenas uma desorganização física, mas o resultado também de influências espirituais negativas chamadas de obsessão espiritual, associadas às enfermidades nervosas do cérebro como a histeria, neurastenia, entre outras.

Com o passar dos anos a doutrina espírita através de seus centros passou a oferecer aos seus adeptos terapias de “passes”, fluidificação da água, atendimentos fraternos, tratamentos espirituais e em alguns casos até mesmo cirurgias espirituais.

Considerado como uma técnica socorrista, o passe espírita na realidade corresponde a uma das mais antigas formas da arte de curar, conhecida pela humanidade, e que o espiritismo chama de “mediunidade curadora”. Com efeito, registros de curas espirituais foram encontrados “no Egito e Grécia antigos, entre os índios, além do fato de que a história cristã é rica em fatos dessa natureza” (ALMEIDA; ALMEIDA, GOLLNER, 2000, p. 194). O espiritismo considera um dom natural a capacidade de cura através, por exemplo, da imposição de mãos. A capacidade de cura através de uma influência fluídica não seria algo incomum e já fora observado “[...] em épocas diversas, e no seio de quase todos os povos, surgiram indivíduos que a possuíam em grau eminente” (KARDEC, 1944a, cap. 14, § 34)[3]. O espiritismo considera a mediunidade como um dom divino que deve ser praticada de forma responsável e com base em um profundo sentimento religioso de amor ao próximo e “[...] se há um gênero de mediunidade que requeira essa condição de modo ainda mais absoluto é a mediunidade curadora [...] o magnetizador dá o seu próprio fluido, por vezes até sua saúde [...] o médium curador transmite os fluidos salutares dos bons Espíritos” (KARDEC, 1944b, cap. XXVI, § 10).

Segundo os próprios espíritas, a mediunidade de cura está presente em fenômenos através dos tradicionais curandeiros, rezadeiras, benzedeiras, entre outras práticas. Na realidade a mediunidade curadora é um dom menos frequente, sendo que a prática do passe espírita pode ser realizada por qualquer pessoa, desde que atenda a algumas condições pré-estabelecidas como a vontade de fazer o bem, o pensamento sintonizado com boas vibrações, equilíbrio espiritual, entre outras.

Nos casos ligados às cirurgias espirituais estão relacionados a eventos bastante controvertidos nesse meio, culminando inclusive com o fechamento de alguns centros espíritas na década de 1930, sendo a mediunidade de cura tratada pela medicina oficial como algum tipo de esquizofrenia e só gradativamente tais práticas foram sendo reconhecidas, embora nem sempre aceitas. Sobre as cirurgias espirituais veja, por exemplo, o artigo dos pesquisadores Almeida, Almeida e Gollner (2000). Segundo os pesquisadores,

Como todas as terapias complementares, o assunto é polêmico e cria grande divergência de opinião entre a população, mídia e até mesmo entre os pesquisadores, que, muitas vezes se baseiam apenas em trabalhos que foram selecionados por corroborarem seus pontos de vista, ignorando os resultados contrários (ALMEIDA; ALMEIDA, GOLLNER, 2000, p. 194)


Casos de cirurgias espirituais são relatados também por João Berbel, que realizou trabalhos mediúnicos na comunidade espírita “Benedito Lemos” em São Paulo, a partir da realização de trabalhos de cura que ele realizou em sua própria casa, tendo formado posteriormente o Grupo de Assistência Espiritual “Caridade, Paz e Amor” que hoje recebe o nome de Instituto Medicina do Além (BERBEL, 1997 e 1998).


Um outro caso bastante conhecido no meio espírita envolvendo a prática de cirurgias espirituais é o caso de Zé Arigó, que realizou inúmeros trabalhos usando sua mediunidade de cura cirúrgica sendo intermediário do espírito do médico alemão Adolph Fritz. José Herculano Pires (1963), conhecido militante do movimento espírita, foi um dos que estudou e pesquisou os casos de Zé Arigó, cujo caso envolve inúmeras controvérsias, inclusive a acusação de exercício ilegal da medicina, tendo sido condenado duas vezes e em uma delas chegou a ficar preso por sete meses.

Por fim é válido mencionar o que Bernardo Lewgoy chama de “movimentos de reaproximação com a Medicina institucional das Associações Médicas Espíritas” (2008, p. 89) que conta hoje com várias entidades associadas em diferentes estados do Brasil através da atuação na área da saúde da Associação Médico-Espírita (AME) do Brasil, que conta também com uma AME Internacional (AME-I). As origens da AME do Brasil, que foi fundada de fato apenas em 1995, pode ser pensada a partir da ideia

[...] de um grupo de médicos que, na residência do médium Spartaco Ghilardi, em São Paulo, passou a se reunir semanalmente nos idos de 1967. Nessas reuniões, chegavam mensagens de “espíritos” que exortavam o grupo a aplicar, na ciência médica, os conhecimentos reunidos pela doutrina espírita, de modo a estabelecer “as bases do hospital e da assistência médica do futuro” (SOARES, 2008, p. 147).


Na década de 1980, por iniciativa da AME de São Paulo, passou a ser publicado o Boletim Médico-Espírita e na década de 1990 pelos menos mais 09 associações já haviam se espalhado pelo Brasil. Mais informações sobre o histórico da AME-Brasil podem ser encontradas no artigo Medicine and Spirituality, da Dra. Marlene Nobre e no site da própria AME-Brasil.

Referências Bibliográficas

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notas

[1] Sobre o médico espírita Dr. Adolfo Bezerra de Menezes existe uma vasta bibliografia que trata da vida missionária do “médico dos pobres” como ele é conhecido no meio espírita. Além do artigo de Célia Arribas (2013) recomendamos também a leitura de Canuto Abreu (1996), Antônio Nóbrega Filho e Humberto Machado (2008), Juvanir Souza (2008) e Sílvio Soares (2005). Do próprio autor Bezerra de Menezes recomendamos: A loucura sob novo prisma (2005) e Uma carta de Bezerra de Menezes (1994). E obras mediúnicas psicografadas por Yvonne Pereira (2002, 2004 e 2005)

[2] De acordo com o vocabulário espírita, um médium – do latim medium, que significa meio ou intermediário – representa “uma pessoa que pode servir de intermediária entre os Espíritos e os homens” (KARDEC, 1944c, cap. XXXII, Vocabulário Espírita). O médium serve de intermediário para que haja a comunicação entre os espíritos desencarnados que compõem o mundo espiritual e os homens e mulheres (espíritos encarnados).

[3] Para as obras da codificação espírita julgamos mais adequado fazer a referência não pelo número da página, mas pela divisão que é feita em capítulos e parágrafos, que serve como uma espécie de referência universal, qualquer que seja a edição, independente do número da página.