AS CONFISSÕES, DE SANTO AGOSTINHO

por Alexsandro M. Medeiros

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postado em: jan. 2023

 

As Confissões de Santo Agostinho é um dos textos mais conhecidos e mais célebres da antiguidade cristã. Antes de mais nada trata-se de uma obra autobiográfica, em que Agostinho descreve sua conversão do maniqueísmo ao cristianismo, sua juventude, a influência que recebeu do neoplatonismo, utilizando episódios de sua própria vida para ilustrar o papel preponderante da graça divina na salvação humana. A obra foi escrita entre 397 e 400 d.C., quando Agostinho tinha pouco mais de quarenta anos.

Um dos temas centrais desta obra é, sem dúvida, o processo de conversão do Santo. Uma odisséia da alma, desde sua queda até sua ascensão e retorno para Deus. Eis um tema sempre presente. “Fizeste-nos para ti, Senhor, e nosso coração está inquieto enquanto não repousa em ti”, é com esta frase que Agostinho inicia sua obra, relatando seu longo e fastidioso processo de conversão. As Confissões trata da relação entre o homem e Deus.

Como parte desse processo de conversão Agostinho explora os estados interiores da alma e da mente humana. Mas outros temas de igual importância também estão presentes, como a relação existente entre a graça e a liberdade, questões como o tempo, a criação, a Trindade, sua teoria do conhecimento com ênfase na questão da subjetividade e da interioridade. No aspecto cognitivo a alma adquire a certeza de si mesma. Em sua obra, Agostinho apresenta-se como o sujeito que descobre o fundamento subjetivo da moral, do conhecimento, e da busca pela verdade.

Divisão da Obra 

Embora a obra não tenha necessariamente uma sequência lógica por se tratar de uma autobiografia, alguns estudiosos sugerem a divisão dessa obra em duas partes: a que vai do livro 1 ao 8 (período da pré-conversão) e do livro 9 ao 13 (período da pós-conversão); outros estudiosos sugerem a divisão em três partes: do livro 1 ao 9 (sobre a vida passada de Agostinho), o livro 10 (sobre sua vida presente) e do livro 11 ao 13 (comentários sobre o livro do Gênese 1, 1-31).

Nos livros 1 e 2 Agostinho fala de sua infância, a fase de menino e sua adolescência (os dezesseis primeiros anos de sua vida), onde fala da vida familiar, dos estudos e auto retratando-se desde cedo como um pecador, como é possível perceber no Livro 2, quando ele fala da busca dos prazeres da juventude.

No livro 3 Agostinho fala dos seus estudos e começa a falar de sua conversão intelectual, sua aproximação com a filosofia, sobretudo a partir da obra de Cícero, Hortensius, leitura que ele fez nos seus primeiros anos de formação acadêmica, além do seu encontro com o maniqueísmo.

O livro IV é uma abordagem da vida como professor de retórica, além de alguns apontamentos sobre tragédias pessoais, como a morte de um amigo. No livro V, Agostinho narra episódios anteriores ao seu trigésimo ano de vida, destacando o encontro com Fausto, líder maniqueu. A vida aos trinta anos é a temática do livro VI. O destaque desse livro é o encontro de Agostinho com o bispo de Milão, Ambrósio (GUIMARÃES, 2014, p. 6).


No livro 7 Agostinho, além de relatar suas angústias pessoais, especifica de forma mais direta sua aproximação com o Neoplatonismo. Agostinho entende que muitas das ideias neoplatônicas estão em consonância com o cristianismo. O neoplatonismo e o cristianismo ensinam doutrinas parecidas sobre vários pontos, de acordo com Agostinho, como a doutrina do mal como privação de bem, uma teoria epistemológica da iluminação, uma metafísica do ser e do não-ser, a divina providência. Todavia, o que Santo Agostinho não encontrava no neoplatonismo era a encarnação de Cristo e a salvação por meio da encarnação.

Se o livro 7 fala de sua conversão intelectual, o livro 8 trata de sua conversão moral ao cristianismo. O livro 8 é o ponto culminante da obra, onde encontramos a célebre cena do Jardim de Milão. Agostinho chora copiosamente debaixo de uma figueira, quando ouve uma voz: “tolle, lege; tolle lege” (toma e lê; toma e lê). Ele pega a Bíblia e abre aleatoriamente, lendo em seguida a passagem de Romanos 13, 13: “nada de comilanças e bebedeiras, nada de luxúria e libertinagem, nada de invejas e rivalidades. Pelo contrário, revesti-vos de Jesus Cristo, o Senhor, e não fomenteis vossos desordenados apetites”.

No livro 9 Agostinho descreve o período transcorrido desde o momento em que seguiu imediatamente a sua conversão até a morte de sua mãe, além do seu retorno para a África. Neste livro temos a passagem mística da visão de Óstia. Agostinho fala de seu diálogo com sua mãe, sobre as coisas terrenas e celestes, de um arrebatamento da alma ao seu Criador, falando calar todos os ímpetos do mundo, absorvendo-se nessa contemplação de íntimas delícias, de modo a pensar como a vida eterna poderia ser semelhante a esta visão.

Já o livro X é uma reflexão filosófica sobre a memória e a capacidade de rememoração. No capítulo XI inicia-se uma reflexão sobre a criação do mundo, cujo destaque é a questão do tempo. O livro XII é uma continuação da abordagem da criação do mundo, concentrando-se, aqui, mais na análise sobre o primeiro versículo do livro do Gênesis. O último livro é uma meditação sobre a simbologia da criação (GUIMARÃES, 2014, p. 6).

A Odisseia Espiritual de Agostinho 

A obra de Santo Agostinho por ser autobiográfica nos traz inúmeros fatos ocorridos ao longo de sua vida mas um deles se destaca: a sua conversão ao cristianismo e todo o drama interior que o bispo viveu para conseguir viver a fé cristã como ele acreditava que deveria ser vivida. O ponto alto desse processo é, como já dissemos, o momento em que ele escuta uma voz em um jardim em Milão que diz: “toma e lê”. Agostinho lê então a passagem de Romanos, da Bíblia Sagrada, onde Paulo condena a vida desregrada, que era aquele que ele, Agostinho, acreditava que era sua própria vida. Este momento marca sua conversão. Mas obviamente, até chegar a este momento e ainda aqueles que se lhe seguem, há toda uma circunstância de fatos e valores que marcaram interiormente a vida do Santo, razão pela qual podemos dizer que temos aqui uma odisseia agostiniana que marca o seu itinerário espiritual nas Confissões e é sobre ela que iremos abordar agora. Uma conversão que não pode ser entendida apenas a partir desse fato único e isolado mas que, como atesta Guimarães (2014), além do elemento religioso, tem também o aspecto filosófico e intelectual e as influências do neoplatonismo e até do maniqueísmo.

Todas essas influências anteriores compõe a personagem Agostinho, líder cristão de Hipona e fervoroso apologista. Não é possível cindir o processo de sua formação (formatio) em um momento intelectual e outro moral. Esses são processos simultâneos e, ambos, dizem respeito à mudança de vida do filósofo africano. A sua conversão foi uma sequência de eventos, foi um desenvolvimento que atravessa várias etapas até o encontro do cristianismo (GUIMARÃES, 2014, p. 43).


Tratemos inicialmente do aspecto filosófico. A leitura do Hortênsio de Cícero e a descoberta da filosofia. É no Livro 3 que Agostinho narra o seu deleite com a leitura da obra do filósofo romano Cícero e como ela marcou o seu percurso.

Esta obra, perdida, tinha um intuito religioso, pois segundo o bispo de Hipona, ela o despertou para o reencontro com Deus (há que se destacar aqui a proximidade da filosofia com a religião no mundo antigo). Inclusive este parece ser um dos intuitos de Agostinho em suas Confissões, qual seja, unir filosofia e religião: “reunir o ‘Deus de Abraão, Isaac e Jacó’ e o ‘Deus dos Filósofos’. Nenhum livro exibe essa fusão com maior beleza literária do que as Confissões” (BROWN, 2011, p. 212 apud GUIMARÃES, 2014, p. 52). A obra de Cícero despertou Agostinho para a imortalidade da sabedoria e para a busca da Verdade que outra coisa não é do que a busca do Deus.

O livro é uma exortação à filosofia e chama-se Hortênsio. Devo dizer que ele mudou meus sentimentos e o modo de me dirigir a Ti, ele transformou minhas aspirações e desejos. Repentinamente [...] passei a aspirar com todas as forças à imortalidade que vem da sabedoria. Começava a levantar-me para voltar a Ti (AGOSTINHO, III, 4, 7).


Posteriormente temos o encontro com o maniqueísmo, mas aqui a experiência de Agostinho resulta algo negativo. A doutrina maniqueísta, originária da Pérsia, do sacerdote Mani ou Manés (título honorífico), no século III, combinava elementos do zoroastrismo e algumas religiões orientais, tendo como característica principal a oposição entre o Bem e o Mal ou, mais exatamente, entre a Luz (Ormuz) e a Escuridão (Ahrimán): “Para os maniqueístas o Universo teve origem quando a Escuridão invadiu o reino da Luz. A luta daí decorrente seria marca indelével da humanidade” (GUIMARÃES, 2014, p. 54).

Agostinho conheceu cedo o maniqueísmo, por volta dos 19 anos. Tal adesão ocorreu “logo após a leitura de Hortênsio, o que pode ser explicado como uma intenção de alargamento dos horizontes intelectuais de Agostinho [...] Agostinho enxergava no maniqueísmo uma complementação na busca pelo saber originada da leitura de Cícero” (GUIMARÃES, 2014, p. 54). Mas quando Agostinho se volta para a doutrina cristã, não irá poupar críticas a visão maniqueísta, denunciando os equívocos dessa doutrina, como encontramos por exemplo na obra Contra Fausto e no Contra os Acadêmicos: temos a crítica a Fausto de Milevo, considerado como o maior dos oradores do maniqueísmo e também aos Acadêmicos.

Insatisfeito e decepcionado com os maniqueus, Agostinho filia-se aos Acadêmicos e nós encontramos nas Confissões algo da rápida passagem de Agostinho pela doutrina dos céticos, que teve sua origem na Grécia, no século IV a. C., com Pirro de Elis, que deu origem a chamada Nova Academia na época de Agostinho. O bispo de Hipona fala no Livro V do “encontro do professor de retórica com os céticos” (GUIMARÃES, 2014, p. 57). Nas Confissões Agostinho afirma:

Acudira-me de fato a ideia de que os mais esclarecidos entre os filósofos eram os chamados Acadêmicos, quando afirmavam ser preciso duvidar de tudo, e que o homem nada pode compreender da verdade. Eu conhecia o pensamento deles, pelo que lhes era comumente atribuído, pois não compreendia ainda seus reais propósitos. Nessas condições, não deixei de reprimir claramente a excessiva confiança que – como eu constatei – meu hospedeiro nutria pelas fábulas que enchem os livros maniqueus (AGOSTINHO, V, 10, 19).


Agostinho também não poupará crítica aos céticos, como é possível perceber na obra Contra os Acadêmicos:

O escrito resume as conversas entre Agostinho e seus amigos na vila de Cassissíaco, imediatamente após sua conversão. Já é notável que a refutação do ceticismo tenha sido a primeira ocupação do novo cristão. “O desespero de encontrar a verdade”, que ele acabava de vencer em si mesmo, é também o primeiro inimigo que ele quer vencer nos outros.” (GILSON, 2006, p. 84) (CONTALDO, 2011, p. 15).


Em suas Confissões, Agostinho (VI, 11, 18) interroga aos Acadêmicos se não é possível ter a certeza de nada para viver a vida.

Mas foi o neoplatonismo, uma doutrina que surgiu no século II d. C., influenciada pelos escritos do filósofo grego Platão que, sem dúvida, teve uma grande influência na vida do Santo. O contato de Agostinho com o neoplatonismo, do qual se destaca o filósofo Plotino, se deu após os trinta anos de idade e é tratada no Livro VII das Confissões. Foi através do neoplatonismo que Agostinho começou a ter uma nova perspectiva sobre um dos problemas que mais o angustiavam, que era saber a origem do mal. Sendo Deus, sumamente bom, ele não pode ser a origem do mal. O neoplatonismo fortaleceu em Agostinho a crença na unidade divina (no Deus único), na sua bondade (portanto, não pode ser origem do mal), na sua onipotência e onipresença.

Por mais que subsistam muitas diferenças entre a filosofia platônica e o cristianismo, os cristãos platônicos da Antiguidade Tardia, na qual o bispo de Hipona se enquadra, procuraram promover a adequação dos dois modos de pensar. Agostinho via, na concepção de um Uno hipostático de Plotino, a arqueologia do Deus cristão. Isso permitiu a conciliação entre essas duas doutrinas. O segundo ponto a se observar é que Agostinho via no platonismo um importante, mas não fundamental, método para a ascensão a Deus (GUIMARÃES, 2014, p. 60).


Outro ponto a ser ressaltado, é a de que foi a leitura dos neoplatônicos que fez Agostinho se voltar para a própria interioridade. A busca pelo divino não é apenas algo exterior, mas algo que se dá através de si mesmo. Por isso se pode dizer que

as Confissões de Agostinho são uma das obras mais significativas e exemplares para a compreensão daquilo que impele o homem à procura de si mesmo, à procura de compreender-se no mais íntimo de si mesmo: “Confessarei, pois, o que sei de mim, e confessarei também o que de mim ignoro, pois o que sei de mim, só o sei porque Vós me iluminais; e o que ignoro, ignorá-lo-ei somente enquanto as minhas trevas se não transformarem em meio-dia, na vossa presença” (Conf. X, v, 7) (CONTALDO, 2011, p. 12).


As Confissões podem ser vista como um “manifesto do mundo interior” (CONTALDO, 2011, p. 24). Uma autobiografia onde Agostinho vai maturando questões filosóficas e religiosas com experiências pessoais e íntimas. É o reconhecimento da sua angústia interior, do seu coração inquieto, que o motiva a escrever esta obra e o caminho por ele percorrido: porque “fizeste-nos para ti, e inquieto está o nosso coração enquanto não repousa em ti” (AGOSTINHO, I, I, 1).

É assim que, em Agostinho, filosofia (o homo philosophicus) e religião (o homo religiosus), notadamente o cristianismo, tiveram um papel importante para desempenhar na sua conversão e no caminho do Santo na busca pela Verdade. Mas o que distingue, substancialmente, a filosofia do cristianismo, para o bispo de Hipona? A ideia do Verbo que se faz carne. A presença do Cristo. Não há, e nem poderia, haver na filosofia antiga uma referência explícita a figura do Cristo, porque tais filósofos nem se quer o conheceram. Por isso faltava ainda algo para a conversão de Agostinho: faltava o elemento fé, trazida pela mensagem cristã.

O ponto auto de sua conversão é sem dúvida sua adesão ao cristianismo. O percurso seguido por Agostinho é marcado pelo exercício intelectual das diversas concepções filosóficas mas, sobretudo, o exercício amoroso de busca pela Verdade que ele encontra no cristianismo.

amo a luz, a voz, o perfume, o alimento e o abraço, quando amo o meu Deus: a luz, a voz, o odor, o alimento, o abraço do homem interior que há em mim, onde brilha para a minha alma uma luz que nenhum espaço contém, onde ressoa uma voz que o tempo não destrói, de onde exala um perfume que o vento não dissipa, onde se saboreia uma comida que o apetite não diminui [...] Eis o que amo quando amo o meu Deus (AGOSTINHO, X, 6, 8).


Voltando-se para o seu interior, Agostinho se volta igualmente para Deus. Seu coração inquieto clama por Deus. Agostinho narra sua luta interior, expõe sua inquietude em relação a sua própria existência. Ele quer encontrar um sentido e o seu fim último. Por isso se pode afirmar que as Confissões podem ser entendidas como uma “metafísica da experiência interior” (LIMA VAZ, 2001, p. 77) a partir de um entrelaçamento entre fé, inteligência e amor.

Merece destaque nesse processo de conversão a figura de Santo Ambrósio, dotado de uma grande eloquência e bispo de Milão. Foi influenciado pela eloquência de Ambrósio que Agostinho se aproximou cada vez mais do cristianismo e abandonou ainda mais suas antigas crenças maniqueístas. É dessa época que Agostinho toma a decisão de fazer-se catecúmeno na Igreja Católica: “Aproximar-se da Igreja Católica foi uma primeira conversão à religião cristã, o que causou enorme contentamento a sua mãe, Mônica. É a narração desse episódio que abre o Livro VI e nos dá elementos para ampliar a compreensão de seu universo interior” (CONTALDO, 2011, p. 48).

O tema do autoconhecimento e da própria interioridade. Essa busca tem como característica uma certa luta e inquietude, como podemos ver na passagem abaixo:

Então, em meio à grande luta interior que eu violentamente travava no íntimo do coração contra mim mesmo, e transtornado na alma e na fisionomia [...] Para aí fui levado pelo tumulto do coração, onde ninguém podia interferir na luta violenta que travava comigo mesmo, e cujo resultado nem eu mesmo conhecia, somente tu. Eu enlouquecia para recuperar a razão, morria para viver, e estava consciente do meu mal, sem saber do bem que viria pouco depois [...] Com efeito, ir ou chegar junto a ti não é senão um ato de querer ir, mas com vontade forte e plena, e não titubeante e ferida, numa luta da parte que se ergue contra a parte que fraqueja (AGOSTINHO, VIII, 8, 19).

Tarde te amei 

Tarde te amei, ó beleza tão antiga e tão nova

Estavas dentro de mim e eu fora, a te procurar

Seguravam-me longe de ti as coisas

Que não existiriam senão em ti

Estavas comigo e não eu contigo

Chamaste, clamaste por mim,

E afugentaste minha solidão

Brilhaste e teu esplendor espantou minha cegueira

E agora tenho fome e sede de ti

Tocaste-me e ardi por tua paz

Referências 

AGOSTINHO, Santo. Confissões. São Paulo: Paulus, 2002.

BROWN, P. Santo Agostinho: uma biografia. Trad. Vera Ribeiro. São Paulo: Editora Record, 2011.

CONTALDO, Sílvia Maria de. Cor Inquietum: uma Leitura de Confissões. 108f. Tese (Doutorado em Filosofia), Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre-RS, 2011.

GILSON, Étienne. Introdução ao estudo de Santo Agostinho. Tradução de Cristiane Negreiros Abbud Ayoub. São Paulo: Paulus/Discurso Editorial, 2006.

GUIMARÃES, Pedro Henrique Corrêa. O Tempo da Palavra: um Estudo sobre as Confissões de Santo Agostinho. 105f. Dissertação (Mestrado em História), Programa de Pós-Graduação em História, Universidade Federal de Goiás, Goiânia-GO, 2014.

LIMA VAZ, Henrique Cláudio. A metafísica da interioridade: Santo Agostinho. In: LIMA VAZ, Henrique Cláudio. Ontologia e história. São Paulo: Loyola, 2001. p. 77-88.